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FIV e FeLV: os inimigos dos gatos

Com o aumento da população de gatos nos lares brasileiros – os dados mostram que já são quase 30 milhões de bichanos vivendo com famílias – é importante falar sobre duas doenças bastante comuns e que acometem exclusivamente os gatos: FIV (vírus da imunodeficiência felina) e FeLV (vírus da leucemia felina). 

Os nomes assustam um pouco, e não é para menos, são doenças agressivas que precisam de tratamento constante para que os gatos não fiquem debilitados e venham a óbito. Neste artigo, vamos te explicar como a FIV e a FELV atuam no sistema imunológico felino e como diagnosticar e prevenir as doenças. 

FIV: o que é e formas de transmissão

Também chamada de Aids felina, o vírus da imunodeficiência felina, o FIV é um retrovírus que pertence ao mesmo gênero do vírus da imunodeficiência humana (HIV), mas não é transmitido para humanos. 

O vírus é eliminado pelo sangue ou saliva e, por isso, a FIV geralmente é transmitida por meio de arranhões e mordeduras, que geralmente ocorrem por causa de brigas por fêmeas e território.

Os filhotes podem ser infectados durante a amamentação ou na gravidez, dependendo da carga viral que a fêmea carrega. 

De acordo com pesquisas, a maior taxa de animais infectados são os gatos machos, adultos e não castrados com acesso às ruas – justamente porque esses possuem maior contato com outros indivíduos e chances de se envolver em situações de disputa com agressividade. 

Quais são os sintomas da FIV? 

Animais que são portadores de FIV passam por períodos em que sua imunidade está suprimida e, por isso, apresentam diversos sintomas que podem ser sinal de alerta para seus tutores. 

A classificação de estágios da FIV é aguda, assintomática e terminal. Veja, abaixo, alguns desses sintomas na fase aguda: 

  • Febre – o focinho pode ficar mais quente e o animal pode apresentar prostração, permanecendo mais tempo deitado e evitando contato; 
  • Falta de apetite – fica bem explícito quando o gato não procura o tutor nos horários habituais de refeições e nem se interessa pelo alimento úmido; 
  • Perda de peso constante – pode acontecer de maneira súbita. Um dos principais achados é que o osso do quadril fica mais protuberante e as costelas  começam a aparecer;
  • Linfadenopatia generalizada – aumento dos gânglios linfáticos que podem ser percebidos no pescoço, virilha e patas traseiras. 

Em casos terminais, pela carga viral estar muito alta e o sistema imunológico estar muito debilitado, os sintomas clínicos se acentuam e o animal fica suscetível a adquirir outras infecções, que se não tratadas rapidamente podem levar a morte. 

FeLV: Leucemia felina

A Leucemia Felina também é um retrovírus e, assim como o FIV, a transmissão está relacionada ao estilo de vida dos gatos, seus comportamentos, idade e sexo. 

A principal forma de transmissão da FeLV é por contato com secreções nasais, de saliva e com objetos infectados. Também há contaminação por urina, fezes e por aerossóis. Normalmente, é contraída por no compartilhamento de potes de ração ou água e caixa de areia, e pela lambedura. 

É uma doença grave e, a partir do momento que o animal desenvolve quadros como anemia ou formação de tumores, não há muitos tratamentos a que recorrer. É possível fazer quimioterapia e/ou transfusão de sangue, mas normalmente esses pets não resistem. 

Assim como acontece com os gatos infectados com a FIV, os animais com mais risco de serem infectados pela FeLV são os machos, adultos e não castrados com acesso às ruas. Em relação à idade, filhotes e idosos são mais propensos devido à formação do sistema imunológico não estar completa ou estar deficitária por causa da velhice.

Quais são os sintomas da FeLV? 

Assim como na FIV, na FELV os felinos sofrem de imunossupressão e ficam suscetíveis a infecções secundárias – pneumonia, por exemplo. Por causa da leucemia, os animais infectados são propensos a desenvolver tumores e apresentar anemias, doenças gastrointestinais, supressão da medula óssea e problemas reprodutivos.  

Como diagnosticar e prevenir a FIV e a FeLV: 

Tanto a FIV quanto a FeLV são doenças que podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais específicos para identificação dos agentes. Para isso, o médico-veterinário pode realizar um exame rápido para descartar a doença e, em caso positivo, investigar mais a fundo o caso para confirmação efetiva. 

Como não existe tratamento efetivo para FIV e FeLV, os animais portadores precisam receber suporte para uma vida melhor, como: 

  • Manter diversos pontos de hidratação pela casa;
  • Colocar telas nas janelas e rolamentos nos muros para evitar que os animais fujam;
  • Manter as janelas abertas para que os ambientes estejam arejados; 
  • Fazer exames de rotina;
  • Fornecer alimentos completos de boa qualidade e procedência. 

Para prevenir o contágio com FIV e FELV, o tutor deve manter seu gato dentro de casa (saidinha de gato não é um hábito saudável e indicado!), evitar ao máximo o contato com animais em situação de rua e manter as idas ao médico-veterinário em dia para que os exames e as vacinas estejam dentro do calendário pré-determinado. 

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