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Verminoses felinas
Exploradores e curiosos por natureza, os gatos estão em contato com as mais diversas superfícies! E, nessa brincadeira de desbravar o mundo, ficam muito expostos a agentes transmissores de verminoses.
Alguns são mais perigosos que os outros por causa dos sintomas e efeitos colaterais que provocam. E se você é dessas pessoas que, ao falar de verminoses, já sente o estômago embrulhar ou o couro cabeludo coçar, respira fundo, bebe uma água e veja abaixo quais são as três principais verminoses que afetam os gatos:
Toxocaríase
Sabe aquele verme branco e grande que aparece nas fezes? Esse é o Toxocara sp, causador da toxocaríase. O verme se manifesta de maneira ampla em países tropicais como o Brasil e pode chegar a medir 18 cm de comprimento. A infecção pode acontecer de três formas diferentes para os gatos:
- Ingestão dos ovos: por meio de água, alimentos ou lambeduras de superfícies contaminadas;
- Transplacentária: quando a fêmea grávida transmite os parasitos pela placenta para os fetos;
- Contato ou ingestão de fezes contaminadas: principalmente em áreas coletivas, como gatis ou espaços comunitários;
- Leite materno ou transmamária: parasitas podem se deslocar para as glândulas mamárias e serem transmitidos aos filhotes.
O verme se fixa na parede intestinal e lesiona a mucosa. Por isso, os principais sinais clínicos da toxocaríase são:
- Diarreia com muco – as fezes podem aparentar estar encapsuladas ou cobertas por um muco semelhante a secreção nasal;
- Falta de apetite – em gatos domésticos, esse sintoma fica mais fácil de ser observado, uma vez que o animal não se interessa pela comida ou fica muito tempo sem pedir para comer;
- Vômitos – podem ou não conter o parasita – em casos de infecção grave, o gato pode expelir os agentes invasores;
- Diarreia alternada com constipação o gato pode apresentar diarreia e, em seguida, ficar alguns dias sem procurar a caixinha de areia;
- Anemia em casos de infecções graves – ocorre pela dificuldade em absorver nutrientes por causa da grande quantidade de parasitos na região intestinal.
O diagnóstico da toxocaríase é realizado por meio de exames de laboratório e exame de fezes, em que o médico-veterinário responsável vai buscar por ovos ou pelo parasita em alguma fase de desenvolvimento.
Ancilostomíase
Sabe aquele gatinho caçador que adora chegar com um presente para o tutor? Esses são os que têm mais chances de ser contaminados por Ancylostoma. Esses parasitos podem ser visíveis a olho nu, uma vez que que medem de 8 a 13 mm de comprimento e formato cilíndrico.
Diferente do Toxocara, que não escolhe idade para parasitar, os gatos filhotes são mais susceptíveis à ancilostomíase. Quando o animal cresce bem nutrido e saudável desenvolve resistência ao parasito.
O Ancylostoma consome sangue ao se fixar nas paredes intestinais. Por isso, um gato com ancilostomíase apresenta os seguintes sintomas:
- Anemia por deficiência de ferro: isso pode deixar o bichano mais apático e menos sociável;
- Fezes pretas ou muito escuras;
- Perda de massa muscular, que também gera fraqueza;
- Colapso respiratório – em casos mais graves, como consequência da anemia, que dificulta a entrega de sangue oxigenado aos órgãos.
O diagnóstico da ancilostomíase é realizado por meio de exames de fezes, que buscam por ovos do parasita em alguma fase de desenvolvimento.
Dipilidiose ou tênia
Em casos de gatos que tiveram contato com pulgas ou piolhos, a dipilidiose é uma verminose a ser levada em consideração. A infecção dos animais acontece ao ingerir esses transmissores contaminados com Dipylidium catis, um parasito que gera bastante incômodo porque deposita suas ovas na região anal, o que ocasiona coceira insistente. Além deste, os demais sintomas são:
- Dificuldades de defecação – você pode observar o animal fazendo força e tentando defecar sem sucesso;
- Diarreia com sangue devido às lesões na área intestinal;
- Eliminação de proglote – são as larvas do parasita, semelhantes a grãos de arroz nas fezes.
Em todos os casos, o tratamento consiste no uso de medicamentos específicos para cada tipo de parasita. Logo, é muito importante que um médico-veterinário seja procurado em caso de sintomas.
Como prevenir as verminoses nos gatos?
Mantenha a proteção que as vacinas, antiparasitários e vermífugos oferecem em dia. Além disso, leve seu pet ao menos uma vez no ano para uma consulta de check up. Afinal, a melhor forma de prevenir qualquer doença, é descobrindo ela bem no início.
Atenção: manter a casa telada e impedir as fugas é uma das formas de evitar que seu gato tenha acesso à rua sem supervisão e acabe ingerindo alimentos e água contaminados. E, por falar em alimentação, aquela máxima popular de que carne crua pode ser fonte de verminoses é verdade. Então, ofereça apenas o alimento seco e os sachês ou patês recomendados pelo veterinário.
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