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Leishmaniose: como prevenir a doença

Se você pretende passear por uma região próxima à mata com o seu cão, tome cuidado: é em ambientes como esse que a Leishmaniose costuma se proliferar.

Transmitida pelo mosquito palha, ela pode afetar tanto humanos quanto cães, e trazer sérios riscos à saúde de ambos, levando à morte se não for tratada devidamente. Conheça melhor essa doença e saiba como proteger você e o seu pet.

O que é Leishmaniose?

Doença infecciosa, mas não contagiosa, a Leishmaniose é causada pelos parasitas do gênero Leishmania. Eles vivem e se multiplicam nos macrófagos, células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo.

Existem dois tipos de Leishmaniose: tegumentar ou cutânea e visceral ou calazar. A primeira é caracterizada por feridas na pele e, por isso, também é conhecida como “ferida brava”. A segunda acomete diversos órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea, e pode se prolongar por meses ou até um ano.

A doença pode afetar tanto os cães quanto humanos, mas o animal não é capaz de infectar seu tutor. A transmissão ocorre a partir do mosquito palha infectado, e pode afetar tanto os cães como os humanos.

Quais são os sintomas?

A Leishmaniose tegumentar é uma infecção silenciosa, e muitas pessoas não possuem sequer nenhum sintoma e nunca saberão que já teve a doença.

Quando os sintomas para esse tipo de Leishmaniose se apresentam, eles constituem:

  • Aparecimento de um pequeno caroço no local da picada que, após algumas semanas ou meses, se transforma em uma ferida grande e arredondada;
  • Dor no local afetado;
  • Inchaço das ínguas.

Por outro lado, a Leishmaniose visceral é considerada a forma mais aguda da doença, e  pode causar nos cães sintomas como:

  • Queda dos pelos na região dos olhos;
  • Descamação da pele;
  • Crescimento anômalo das unhas;
  • Aumento do tamanho dos gânglios linfáticos;
  • Ocorrência de hemorragias.

Nos humanos, ela costuma infectar crianças de até 10 anos de idade, que apresentam:

  • Febre superior a 38ºC, por várias semanas;
  • Inchaço na barriga;
  • Tosse;
  • Dor abdominal;
  • Perda de peso;
  • Diarreia;
  • Cansaço;
  • Aumento do fígado e do baço;
  • Manchas escuras na pele;
  • Inchaço e dor nas ínguas;
  • Anemia severa, problemas cardíacos, sangramentos no nariz, olhos e fezes, pneumonia, sarampo ou tuberculose em casos mais graves.

Como tratar Leishmaniose?

Na Leishmaniose tegumentar, o tratamento pode sequer ser necessário, já que as complicações tendem a desaparecer sozinhas. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de um antiparasitário para facilitar a recuperação.

A situação é bastante diferente para a Leishmaniose visceral, em que é necessária uma série de medicamentos receitados por um profissional da saúde.

No caso dos cães, o comprometimento de certos órgãos, como os rins, pode dificultar consideravelmente a administração de medicamentos, e o tratamento é realizado principalmente pela administração de medicamentos leishmanicidas, que matam o parasita Leishmania e/ou leishmanioestáticos, que impedem o seu desenvolvimento.

Como prevenir?

No caso dos cães, a melhor prevenção contra a Leishmaniose é a vacinação combinada com o uso de repelentes.

Os humanos, por outro lado, ainda não contam com uma vacina para a Leishmaniose, e devem evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata, realizar dedetização, utilizar repelentes na pele quando estiver em matas de áreas onde há a doença, usar mosquiteiros para dormir; e usar telas protetoras em janelas e portas.

Gostou de aprender sobre a Leishmaniose? Agora é hora de se proteger e proteger o seu pet dessa doença que pode ter sérias consequências.