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Disfunção cognitiva canina: saiba reconhecer o “Alzheimer dos cães”

Chega uma certa idade e o cão começa a apresentar os sintomas: fica confuso, esquece-se dos comandos ensinados na infância ou passa a mudar a sua rotina, urinando no lugar errado ou acordando em horários incomuns. Isso pode indicar a disfunção cognitiva canina, uma doença pouco estudada e difícil de ser diagnosticada.

Ainda não há tratamento, mas é possível cuidar do bem estar do pet para que ele mantenha a sua qualidade de vida. Saiba como seguir.

O que é a disfunção cognitiva canina?

Ocorrida principalmente em cães idosos, a síndrome da disfunção cognitiva canina é uma doença do sistema nervoso central que compromete o aprendizado, a interação e a resposta aos estímulos e a memória do pet.

Ela é bastante comparada à doença de Alzheimer nos humanos e até conhecida como “Alzheimer canino”, principalmente pelas suas características.

Os primeiros sinais clínicos podem ocorrer a partir dos seis anos de idade, dependendo das condições de vida e de saúde do animal, e é comum tanto em machos quanto em fêmeas.

As mudanças são progressivas e irreversíveis, e ocorrem devido  a uma série de motivos. Entre eles, pode-se listar o acúmulo de proteínas que danificam a função dos neurônios e as lesões oxidativas que aumentam com o envelhecimento do organismo.

A doença também é atribuída à falha dos sistemas de produção dos neurônios, à alteração estrutural dos tecidos nervosos e a alterações dos vasos sanguíneos que carregam nutrientes ao cérebro. 

Sintomas da disfunção cognitiva canina

Não é tão simples diagnosticar a disfunção cognitiva canina, que apresenta sintomas bastante comuns em cães idosos e que costumam ser indicativos de outras doenças, como hipotireoidismo, obesidade e tumores cerebrais.

Há ainda outro motivo que torna a doença subdiagnosticada: o fato de que dois cães podem possuí-la e apresentar sinais diferentes.

Por isso, para chegar ao diagnóstico, é preciso que o veterinário realize uma série de exames e elimine as outras opções, o que torna a visita ao profissional de extrema importância.

Mesmo assim, há alguns sinais que costumam aparecer nos cães com disfunção cognitiva canina. Caso seu pet apresente algum desses sintomas, é importante consultar um profissional. São eles:

  • Alteração na rotina de sono;
  • Xixi e cocô em locais fora do comum;
  • Desorientação;
  • Diminuição da interação e mudança de comportamento com o tutor;
  • Esquecimento de comandos aprendidos;
  • Aumento da ansiedade;
  • Comportamentos compulsivos ou repetitivos;
  • Confusão mental;
  • Agressividade.

Tratamento da disfunção cognitiva canina

Infelizmente, ainda não existe cura para a disfunção cognitiva canina. É possível, no entanto, realizar o retardamento da doença a partir de mudanças na dieta do cão, acompanhada pelo uso de vitaminas específicas, antioxidantes, ácidos graxos e fitoterápicos.

Medicamentos específicos também podem auxiliar o cão com essa doença, em especial ansiolíticos, repositores hormonais, recaptadores de neurotransmissores e facilitadores do fluxo sanguíneo cerebral.

Alguns veterinários também podem optar pelo uso de acupuntura e homeopatia para manter o bem estar dos animais.

Verdade é que, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, melhor será a resposta do pet ao tratamento prescrito pelo veterinário e maior será a qualidade de vida do animal.

Como prevenir a disfunção cognitiva canina

Uma excelente forma de prevenir a disfunção cognitiva canina no seu pet é estimulá-lo com frequência, apresentando brincadeiras, atividade física, ensinando novos truques e interagindo com ele. 

O oferecimento de enriquecimento ambiental e uma alimentação balanceada também podem ajudar a manter a saúde cerebral do seu cãozinho.

Pronto! Sabendo dos principais sinais e formas de prevenir a disfunção cognitiva canina, agora é a sua vez de cuidar do seu pet para que ele tenha uma boa qualidade de vida na velhice. Boa sorte!