Cachorro idoso: como cuidar do seu velho amigo

Parece que foi ontem que o seu cão era só um filhote com dentinhos pontudos que andava desengonçado pela casa. Você consegue se lembrar dos melhores momentos dele ao longo do desenvolvimento? 

Pois é, mas o tempo passou. Agora, a pressa já não é tão evidente, alguns dentes podem ter caído, a audição e a visão não estão como antes… E é justamente nessa fase que devemos recompensar todo amor que recebemos durante a vida ao seu lado. Veja os cuidados que você deve ter com o cachorro idoso

Quando o cachorro fica idoso?

Um animal possui quatro fases etárias, denominadas: pediátrica, adulta, sênior e geriátrica. 

Ao começar a atingir a fase sênior, por volta dos 7 anos, o organismo do animal inicia o processo de queda gradativa das funções da maioria dos órgãos e tecidos. O coração bate com mais dificuldade, o metabolismo fica mais lento e há diminuição da capacidade do cão em manter o equilíbrio corporal. O sistema imune fica comprometido e os cães idosos também se tornam mais predispostos ao desenvolvimento de doenças.

Ao envelhecer também ocorre a perda gradual da capacidade de regeneração e adaptação, por isso, em caso de traumas ou cirurgias, o tempo de recuperação é maior. Por fim, também há diminuição de aprendizagem, memória e desempenho. 

Sinais de que o cachorro está ficando idoso 

Não é só na idade que o cão demonstra estar chegando à velhice. Há sinais físicos que ficam mais evidentes nesta etapa da vida. Veja quais são eles: 

• Manchas e pele mais fina – em cachorros com pelagem clara, esses sinais são mais evidentes. Fora isso, a pele fica bem mais fina, aparentando fragilidade. 
• Almofadas das patinhas mais duras e unhas quebradiças – isso acontece porque há concentração de células de queratina nas patinhas, o que dá essa aparência de ressecamento e a sensação de ser mais dura. As unhas podem quebrar com mais facilidade. caso o animal tenha deficiência de biotina (ou vitamina B7) 
• Alterações musculares, com diminuição da massa muscular, da densidade óssea e do tecido cartilagíneo – eles parecem mais fracos – e realmente estão. Pela redução do metabolismo, há uma perda natural da musculatura e de componentes importantes e pode ocorrer osteoporose, por exemplo.
• Incontinência urinária – é a dificuldade em controlar ou segurar a urina e ocorre com maior frequência em animais idosos.
• Dores nas articulações – uma das doenças mais comuns da velhice é a artrose. Por isso, é comum ver animais idosos levantando, caminhando e deitando com mais dificuldade. Não que estejam sempre sentindo dor, mas eles se adaptam ao que é mais confortável.

Dicas para cuidar do cachorro idoso

Mantenha ele em local abrigado e fresco

Com um metabolismo mais lento, seu amigo fica com mais dificuldade em encontrar o equilíbrio entre a própria temperatura e o meio ambiente. Logo, certifique-se que ele esteja em um local arejado, longe do sol forte, com água fresca e bem acolchoado – para evitar o forte impacto nas articulações.

Deixe a cama em um local de fácil acesso, evite que fique perto de degraus e obstáculos, para que não haja acidentes ou seja difícil de subir em dias que ele esteja com dores.

Seja paciente e atento 

Tenha paciência com o seu peludo e não o force a fazer atividades que podem ser incômodas. Esteja atento porque, nessa fase, as mudanças de comportamento, ainda que sutis, podem indicar doenças graves ou dores. 

Mais do que prestar atenção e ficar preocupado com o cão estar doente, faça companhia e dê amor. Transmita calma para que o seu amigo fique mais tranquilo e confortável ao seu lado. 

Priorize os check ups 

Quando falamos dos velhinhos, as consultas de rotina devem ser, no mínimo, semestrais.  Como prevenção às doenças mais graves, recomenda-se manter as vacinas e os antiparasitários em dia, fazer atividades físicas compatíveis com a idade e ter o aval de um veterinário especialista em saúde bucal. 

Cuide da nutrição

A qualidade da alimentação é muito importante para a longevidade e saúde dos animais na velhice. Apesar de não possuir uma necessidade nutricional diferente de um animal adulto, alguns ajustes em nutrientes e ingredientes são benéficos nessa fase de vida. Por exemplo, animais idosos fazem menos atividades físicas não necessitando de tanta energia para sua manutenção, um alimento com menos calorias auxilia na manutenção do peso e na prevenção do sobrepeso desses animais. Outro ponto benéfico é oferecer alimentos de alta digestibilidade, pois os mesmos serão mais facilmente absorvidos pelo organismo desses pets. 

É importante também levar em consideração que, com a idade, o organismo do peludo fica mais propenso a desenvolver algum tipo de condição especial, como problemas renais ou cardíacos. Por isso, um alimento específico para animais sênior possui níveis reduzidos de alguns minerais para evitar a sobrecarga renal e possui a adição de nutrientes que auxiliam na saúde do coração. 

Além disso, um cachorro idoso pode ter perdido alguns dentes ou possuir doenças orais, então, o alimento para cães idosos deve favorecer a mastigação – ser de mais fácil quebra. 

Por isso, é importante verificar com o médico-veterinário de sua confiança o momento adequado para substituir o alimento de cão adulto pelo de cão idoso. 

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Cuide bem do seu amigo idoso, ele precisa mesmo de carinho e afeto! Aqui no blog de Equilíbrio você encontra vários artigos sobre bem estar e nutrição de cães e gatos. Acompanhe por aqui e siga nas redes sociais para ficar por dentro das novidades e dos lançamentos.